A Polícia Militar do Amazonas informou, hoje, que vai executar, através do Comando de Policiamento do Interior, a Operação “Volta à Democracia”, para garantir a segurança do pleito no município de Coari, neste domingo (20).
Além do efetivo do município, a PM deslocará para Coari mais 53 homens, dos batalhões de Manacapuru, Rio Preto da Eva, Careiro da Várzea e Iranduba. A orientação da equipe é para que a eleição aconteça com total transparência, integração e isenção político-partidária por parte dos Policiais Militares envolvidos.
A Polícia Militar disponibilizou o telefone 0800 280 1515 e o e-mail policiapresente@gmail.com para denúncias sobre qualquer desvio de conduta por parte da equipe na operação "Volta à Democracia".
O desembargador Raphael Romano determinou, na manhã de hoje (18), a transferência do ex-prefeito de Coari (a 368 quilômetros de Manaus), Adail Pinheiro, do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), para um Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM), por considerar que Adail poderia estar correndo risco no presídio por falta de segurança.
Adail está preso desde a última segunda-feira (14), por ordem da juíza Ana Paula Braga, da Comarca de Coari. A juíza justificou a determinação da prisão alegando questão de 'ordem pública' e que o ex-prefeito não foi encontrado em Coari para apresentar defesa.
O desembargador tomou a decisão após constatar que Adail poderia sofrer um atentado contra a vida caso permanecesse no Ipat. Segundo ele, os presos ameaçavam fazer uma rebelião e matar Adail no presídio.
Romano disse, ainda, que determinou que Adail ficará preso em uma cela comum e não terá nenhum tipo de privilégio.
- Para resguardar a integridade física dele (Adail), decidi pedir sua transferência para o quartel da PM, onde ele ficará mais seguro. Não é por ele ser ex-prefeito que terá privilégios. Ele ficará em uma cela comum e terá o mesmo tratamento dos outros presos – disse.
O desembargador revelou que recebeu também, na manhã de hoje, o parecer da juíza de Coari, Ana Paula Braga, com a decisão de manter a prisão de Adail. Ele encaminhou o parecer para o Ministério Público do Estado (MPE) e deve julgar até o final da tarde de hoje, se concede a liberdade de Adail ou o mantém preso.
- Não posso antecipar minha decisão. Vou aguardar o posicionamento do Ministério Público que deve analisar o parecer da juíza e só após eu decidirei se ele será solto ou permanecerá preso - disse.
Os Candidatos Jose Lobo e Vicente Lima afirmaram que irão disputar a eleição do próximo domingo Sub Judice.
De Acordo com Vicente Lima, a decisão do TRE - AM foi equivocada, "Sou um homem Limpo" afirmou ele. Tive todas minhas contas aprovadas e vou provar isso quandos meu advogados entrarem com recurso no TSE para suspender essa decisão equivocada. Vicente disse que não tem medo de vencer as eleições e depois ter seu registro cassado.
Ontem a noite o juiz eleitoral do municipio, Flávio Henrique informou que recebeu pedido de substituição do candidato a vice prefeito da chapa de Vicente Lima, Joabe Rocha (PR), por José Clemilton, até agora não sabemos se o magistrado apreciou o pedido.
E ontem, pela manhã, o deputado Luiz Castro (PPS) já havia cantado essa pedra. Segundo ele, em Coari o Partido da República (PR) está apoiando a candidatura lançada pelo ex-prefeito Adail Pinheiro. Castro afirmou que o PR do Amazonas não honra o trabalho desempenhado pelo senador Malta(PR), que tem se desdobrado pelo país afora para caçar os pedófilos. Castro disse, em poucas palavras: o PR do Amazonas está apoiando um candidato apontado por um acusado de pedofilia e preso, Adail Pinheiro.
Projeto aprovado no Congresso segue agora para sanção de Lula.
Para vigorar em 2010, tem de ser publicado até o dia 3 de outubro.
Plenário da Câmara nesta quarta-feira (16) durante votação do projeto de reforma eleitoral.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (16), no final da noite, o projeto de reforma eleitoral que deve valer para as eleições de 2010. Pelo texto aprovado, a internet fica liberada para a campanha eleitoral, mas com restrição à realização de debates - que passam a seguir as mesmas regras aprovadas para rádio e TV.
Para valer na eleição de 2010, o projeto precisa ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e publicado no Diário Oficial da União até o dia 3 de outubro.
Veja a seguir o que passa a valer se a lei for sancionada do modo como foi aprovada:
Liberdade na internet – O projeto aprovado estabelece a “livre a manifestação do pensamento, vedado o anonimato, durante a campanha eleitoral, por meio da rede mundial de computadores - internet -, assegurando o direito de resposta”. Antes da reforma eleitoral, a campanha na internet não tinha legislação específica. O texto, no entanto, determina que a internet siga as restrições de rádio e televisão para a realização de debates entre candidatos.
Blogs, sites e redes de relacionamento – O texto aprovado permite aos candidatos manter blogs, sites pessoais e páginas em redes de relacionamento, como o Orkut ou Facebook, durante o período eleitoral.
Mensagens eletrônicas – O texto permite a candidatos usar “outros meios de comunicação interpessoal mediante mensagem eletrônica” durante a campanha eleitoral. Nesse caso podem ser enquadradas as mensagens enviadas por celulares (torpedos).
Doações – Fica permitida uma inovação no sistema de arrecadação das campanhas, semelhante ao que já ocorre em outros países, como os Estados Unidos. O eleitor poderá fazer doações aos candidatos ou aos partidos por meio de cartão de crédito, pela internet.
Debates – Antes, as emissoras de rádio e televisão eram obrigadas a convidar todos os candidatos e precisava acertar as regras dos debates com todos eles. Com o projeto, a obrigação do convite persiste, mas o debate poderá ser realizado com as regras sendo aceitas por 2/3 dos candidatos, o que permite a realização de debates sem a presença de todos os concorrentes. Neste caso, a web ficou sujeita às mesmas regras de rádio e televisão. (Na versão anterior desta matéria não havia a informação sobre a obrigatoriedade de convite a todos os candidatos.)
Programas sociais – As entidades de assistência social vinculadas a candidatos não poderão criar ou ampliar programas em plano eleitoral. Candidatos a cargos do Executivo continuam proibidos de participar de inaugurações de obras públicas nos três meses anteriores à eleição.
Impressão de votos – Uma parcela dos votos, para efeito de amostra, será impressa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em cada eleição. Os votos impressos mantêm o anonimato do eleitor e poderão ser usados para determinar uma eventual recontagem.
Voto em trânsito – Pelo texto aprovado, o eleitor poderá votar caso não esteja em seu domicílio eleitoral. A medida, entretanto, vale apenas para votos em candidatos à Presidência da República. O sistema é adotado em outros países. Como os EUA, onde é possível votar até pelo correio.
(Esses dois últimos itens - impressão de votos e voto em trânsito - já estavam previstos no texto originalmente aprovado pelos deputados em julho, mas foram derrubados pelos senadores. Quando o texto voltou à Câmara, os deputados cancelaram as modificações feitas pelo Senado e fizeram valer a versão original.)
O que caiu do texto
A Câmara derrubou 60 das 64 emendas aprovadas pelo Senado na quarta-feira. Veja os principais tópicos que ficaram de fora do texto aprovado pela Câmara.
Eleição direta em cassações – O Senado havia aprovado a realização de eleições diretas sempre que fossem cassados mandatos de governadores e prefeitos, independentemente do tempo decorrido do mandato.
Reputação ilibada – A redação do Senado previa que os candidatos deveriam ter “reputação ilibada”. O texto, porém, não deixava claros os critérios para definir o termo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE - www.ibge.gov.br), abre inscrições à realização de Processo Seletivo Simplificado destinado a selecionar 33.012 candidatos para contratação temporária de pessoal para a realização do Censo Demográfico 2010. Os cargos são distribuídas da seguinte forma: 6.722 vagas para a função de Agente Censitário Municipal, 23.900 vagas para a função de Agente Censitário Supervisor, 1.432 vagas para a função de Agente Censitário de Informática, 558 vagas para a função de Agente Censitário Administrativo e 400 vagas para função de Agente Censitário Regional.
A retribuição mensal para os cargos varia de R$ 760,00 a R$ 1.600,00. Para todas as funções de Agente Censitário, o contratado fará jus ao Auxílio Alimentação, de acordo com o artigo 22 da Lei nº 8.460/92, com redação dada pela Lei nº 9.527, de 10 de dezembro de 1997 e o Decreto 3.887, de 16 de agosto de 2001, e ao Auxílio Transporte, com base no art. 7º da Medida Provisória nº 2165-36, de 23 de agosto de 2001. Para todas as funções, o contratado fará jus a férias e 13º salário proporcionais.
Para participar, o candidato deverá efetuar sua inscrição no período das 0h00 do dia 21 de setembro até às 23h59 do dia 6 de outubro de 2009, através do endereço eletrônico www.cesgranrio.org.br.
Haverá isenção total ou parcial do valor da taxa de inscrição, para os candidatos que declararem e comprovarem hipossuficiência de recursos financeiros para pagamento da referida taxa, nos termos do Decreto nº 6.593/2007 e deste Edital. Fará jus o candidato que, estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal - CadÚnico, nos termos do Decreto nº 6.135/2007; e for membro de "família de baixa renda", nos termos do Decreto nº 6.135/2008. A isenção deverá ser solicitada via Internet, no período de 21 a 23 de setembro de 2009, mediante o preenchimento de "Requerimento de Isenção da Taxa de Inscrição" que estará disponível no endereço eletrônico.
O valor da taxa de inscrição para a função de Agente Censitário Regional será de R$ 30,00; para os cargos de Agente Censitário Municipal; Agente Censitário Supervisor; e Agente Censitário de Informática será de R$ 22,00; e para a função de Agente Censitário Administrativo será de R$ 18,00, devendo ser efetuado até a data do vencimento.
As informações referentes à data, ao horário, ao local de realização das provas, estarão disponíveis, a partir do dia 23 de novembro de 2009, no endereço eletrônico, podendo o candidato efetuar a consulta e/ou impressão destas informações, independente da inscrição ter sido realizada nos Postos de Inscrição ou pela Internet.
O Processo Seletivo Simplificado - Edital - IBGE 05/2009 consistirá de Provas Objetivas, de caráter eliminatório e classificatório, para todas as funções.
As provas têm data inicialmente prevista para 6 de dezembro de 2009, das 13h00 às 17h00 (considerando-se o horário de Brasília). Os candidatos serão informados sobre os resultados finais das provas do presente Processo Seletivo Simplificado no site.
O prazo de validade do Processo Seletivo Simplificado será de 2 anos, contados a partir da data da divulgação dos resultados finais.
Três candidatos concorrem às eleições: José Lobo (PCdoB), Manuel Lima e Arnaldo Mitouso (ambos do PMN). Em entrevista à Agência Brasil, o diretor-geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Amazonas, Renato Frazão, informou que o novo pleito em Coari deve custar em torno de R$ 70 mil. “Nesse caso, precisamos recorrer ao TSE [Tribunal Superior Eleitoral], para poder arcar com os custos fora de época. O tribunal faz o repasse do recurso mediante as estimativas apontadas pelo próprio TRE.”
O montante informado será usado com transporte, alimentação e diárias dos servidores do tribunal, além do custeio do transporte das urnas, dos mesários e da contratação de serviços de tecnologia para contagem dos votos. Segundo Frazão, serão usados dois helicópteros, voadeiras (espécie de embarcação) e um hidroavião no transporte das urnas. "Teremos ainda dois pontos de transmissão de dados via satélite."
A eleição suplementar do próximo domingo é a segunda no estado, neste ano. A primeira ocorreu, em fevereiro, na cidade de Juruá – a cerca de l quilômetros de Manaus.
Até as 19h30 do dia 20, horário de Brasília, o TRE espera anunciar o resultado da eleição. No total, 160 urnas serão usadas, com apoio de 600 mesários. Cerca de 200 homens, entre policiais militares, eederais e do Exército farão a segurança das zonas eleitorais. Os candidatos tiveram um calendário especial para as campanhas, de acordo com Frazão. “Foram tempos excepcionais. Não foi possível oferecer a eles o mesmo prazo como em uma eleição normal.”
Adail Pinheiro recebeu asprimeiras visitas de parentes ontem no Ipat. A primeira a ir à procura do ex-prefeito de Coari foi a irmã dele, Elizabeth Pinheiro, ex-representante do município em Manaus e que foi presa, em maio de 2008 durante a Operação Vorax, da PF. Ela acompanhou parentes e uma advogada do escritório de Alberto Simonetti Cabral Neto, que defende o político. Elizabeth e os demais parentes não quiseram falar com a imprensa. O grupo levou um ventilador, pasta de dentes, sabonetes e shampoo ao preso de número 470 do Ipat.
Quem também esteve na portaria do Ipat foi o ex-secretário de Administração de Coari, na gestão de Adail, Adriano Salan. Ele acompanhou o advogado Jalil Moraes ao local. Adriano, porém, não chegou a falar com o ex-chefe. “Chefe” era como Adriano Salan chamava Adail durante as gravações feitas pela PF na Operação Vorax. Abatido, Salan disse que não tem tido contato com o ex-prefeito. “Nós ainda não conversamos. Vim aqui só pra dar uma carona. Desde que ele foi preso, não tive mais contato com ele”, afirmou o ex-secretário.
Como que combinados, nenhum deputado lembrou de falar no ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, preso pela Polícia Federal na segunda-feira. Na sessão dessa terça-feira, governistas e oposicionistas tiveram a chance até de trocar farpas, como Angelus Figueira (PV) e Chico Preto (PMDB), mas Adail foi solenemente esquecido.
Logo ele que, não faz tanto tempo assim, era motivo de calorosas críticas explícitas da oposição e apoios implícitos da base aliado do governador Eduardo Braga.
Wallace Souza (PP), autor da CPI para investigar a prefeitura de Coari e os malfeitos de Adail, que incluíam crimes de pedofilia, participou de toda a sessão, chegou a fazer alguns apartes em outros assuntos, mas emudeceu sobre a prisão. Nem mesmo a foto nas manchetes de todos os jornais, mostrando Adail no camburão da Polícia, animou os deputados a fazer qualquer comentário.
Boatos, apenas boatos
Por falar em Adail, boatos de que ele havia tentado o suicídio mobilizaram até a inteligência da policia, mas logo veio o desmentido. É verdade, entretanto, que ele passou uma noite ruim e um dia péssimo. Acostumado ao luxo e a “boas” companhias, o ex-prefeito dormiu numa cama suja e acordou com a expectativa de ter que dividir uma cela com outros presos, nada amistosos.
Deve ter se sentido profundamente só e se perguntado onde estavam aqueles que o bajulavam e o protegiam...
Advogados entram com habbeas corpus
Veja espelho do processo 2009.004921-2 Habeas Corpus Distribuição DES. RAFAEL DE ARAÚJO ROMANO (Titular), por Sorteio em 15/09/2009 às 12:30 Órgão Julgador SEGUNDA CÂMARA CRIMINAL Origem Coari / 2ª Vara Objeto da Ação Habeas Corpus impetrado por Alberto Simonetti Cabral Neto e José Alberto Ribeiro Simonetti Cabral, em favor de Manoel Adail Amaral Pinheiro, contra ato do Juiz de Direito da 2ª Vara de Coari Número de folhas 0 Última Movimentação 15/09/2009 às 13:04 - Concluso ao Relator Em 15.09.2009, foram os autos conclusos ao Relator. Última Carga Origem: Autuação Remessa: 15/09/2009 Destino: Des. Rafael de Araújo Romano Recebimento: Partes do Processo (Principais) Participação Partes ou Representantes Impetrantes Alberto Simonetti Cabral Neto e outro Impetrado Juiz de Direito da 2ª Vara de Coari Paciente Manoel Adail Amaral Pinheiro Advogados: Alberto Simonetti Cabral Neto e outro Movimentações (Últimas 3 movimentações) Data Movimento 15/09/2009 às 13:04 Concluso ao Relator Em 15.09.2009, foram os autos conclusos ao Relator. 15/09/2009 às 12:55 Encaminhado ao Setor de Autuação 15/09/2009 às 12:30 Processo distribuído por sorteio Incidentes e Recursos Não há Incidentes e Recursos vinculados a este processo.
Impensável até pouco tempo atrás, o ex-prefeito de Coari Adail Pinheiro, passou, ontem, sua segunda noite preso no Instituto Prisional Antônio Trindade (Ipat). Sua liberdade depende do desembargador Rafael Romano que deverá julgar, nas próximas horas, um habeas corpus com pedido de liminar impetrado pelos advogados de Adail. Romano é ex-juiz da Infância e da Juventude.
Ontem, o ex-prefeito recebeu a visita de advogados, familiares e alguns mantimentos.
Adail Pinheiro foi preso na manhã de segunda-feira (14) por agentes da Polícia Federal que cumpriu mandado de prisão expedido pela juíza Ana Paula Braga, da 2ª Vara da Comarca de Coari. O ex-prefeito responde a processos na Justiça Federal e Estadual por corrupção, sonegação de impostos e exploração da prostituição infantil e está sob investigação pela CPI da Pedofilia.
O pedido de habeas corpus foi impetrado ontem juntamente com um pedido de liminar que, em outras palavras, requer urgência na soltura do preso. O pedido de liminar está sob responsabilidade do desembargador Rafael Romano que foi escolhido para relatar o processo por meio de sorteio.
À imprensa, o desembargador Rafael Romano afirmou que avaliará hoje o pedido de liminar pedindo a soltura de Adail.
Em silêncio
A primeira noite de Adail Pinheiro na prisão foi marcada pelo silêncio. Ao contrário das celas vizinhas da ala de isolamento, a sua não tinha rádio nem aparelho de televisão.
Adail chegou ao presídio, na segunda-feira, por volta das 17h30. Trocou suas roupas pelo uniforme de presidiário: uma camiseta branca de manga curta, um short azul e um par de sandálias do tipo “Havaiana”.
Às 18h, o ex-prefeito recebeu as instruções de conduta do local. Às 19h, recebeu sua primeira refeição na cadeia: picadinho de carne moída, arroz, feijão, macarrão e salada. Sem bebida para acompanhar.
Ao contrário de presídios de segurança máxima como os de Campo Grande (MS) ou Catanduvas (PR), no Ipat, a energia elétrica das celas não é desligada durante a noite.
Primeira manhã
O dia na cadeia começou cedo para Adail Pinheiro. Às 5h, lhe foi servido o café da manhã: pão com manteiga e um copo de café com leite. Ainda pela manhã o ex-prefeito passou por uma avaliação psicológica. De acordo com a psicóloga Lucineide Carvalho, Adail apresentava comportamento abatido em razão do encarceramento.
A princípio, diz o diretor do presídio, Helizan dos Santos, Adail não apresentou nenhum distúrbio. “Ele mostrava muita frieza. Parecia que não era ele quem estava preso”, disse.
Quem falou isso foi Christhian Naranjo Advogado Criminalista,
Por que? Simples.
Se o mandado de prisao foi expedido pela juíza da comarca de Coari, tal mandado não poderia ter sido enviado para a Policia Federal em Manaus.
A prisão de réu em outra jurisdição, no território nacional, só é possível através deCarta Precatória, ou, nos casos urgentes, mediante requisição ao juiz da comarca, por via telegráfica, nos termos do Código de Processo Penal, em seu art. 289. ACarta Precatória nada mais é que um pedido formal ao juiz com jurisdição no local onde o réu se encontra (no caso, Manaus) para que este cumpra determinada diligencia. De um juiz para outro.
Se a juiza da comarca de Coari determinou a expedição do Mandado de Prisão, tal ordem deveria ter sido encaminhada para a Vara de Precatórias em Manaus, para que entao este juizo desse cumprimento à ordem.
Outro ponto interessante é o cumprimento da medida pela Policia Federal de Manaus. Ora, se juíza e o processo pertencem à justiça estadual, como é que a PF deu cumprimento? Se bem que nao entendo nem mesmo porque a PF recebeu.
Parece até proposital. Um amigo me disse com toda a objetividade: “Naranjo, isso é lambança. Prendem e o TJ relaxa no dia seguinte!. É pra despistar”.
Só um detalhe: para isso, a PF deveria participar da “jogada”, coisa que eu sinceramente nao acredito.
Abaixo o link da publicação: http://diariodeumadvogadocriminalista.wordpress.com/2009/09/14/prisao-de-adail-pinheiro-e-ilegal/
Às vésperas de iniciar mais uma temporada eleitoral, o ex-prefeito de Coari, acusado de mega-corrupção e pedofilia, Adail Pinheiro, deverá permanecer na cadeia, embora tenha sido preso não pela gravidade de suas traquinagens, mas porque deixou de avisar à justiça sua mudança de endereço estando em processo de investigação judicial. Vá entender a juíza Ana Paula Braga e a Lei! A movimentação é discreta, silenciosa e já tem um tempo e dizem ter sido tomada em definitivo no núcleo intimo do poder em Brasília pelo próprio presidente Lula, que não gostaria de ver a campanha de sua candidata Dilma Roussef, comprometida pelo fato de chamar de “companheiro’ um cidadão que é suspeito de ser um dos maiores corruptos da história recente da República, corrupto e pedófilo, que usava verbas da SUS para transportar cafetinas, cafetões e vítimas de suas perversões sexuais em jatinho particular, segundo dados da Operação Vorax da Polícia Federal. Em outras palavras, a ordem é jogar n’água o patrimônio imoral deste agora incômodo parceiro.
Ileso, livre e faceiro
Adail Pinheiro foi preso nessa segunda-feira por agentes da Polícia Federal, em Manaus, que queriam por as mãos em seu cangote há um ano e cinco meses, quando a Operação Vorax, aquela bactéria que vive de parasitar o petróleo, foi deflagrada e pôs na cadeia todo o esquema de promiscuidade, corrupção e estelionato do ex-prefeito. Na ocasião, forças ocultas, um exército de advogados, políticos e magistrados entrou em ação, como sempre aconteceu nos últimos 10 anos. Esse tempo todo, distribuindo propina, favores e luxúria, Adail conseguiu entrar e sair de todas ileso, leve, livre e faceiro, com muito dinheiro para subornar. A Operação Vorax fala de R$ 33 a 55 milhões somente na última operação, mas a história policial e judicial relata o desaparecimento de muito mais, mas muito mais mesmo. No TCE e no TCU as cifras são assustadoras como assustador é o volume de recursos desviado para calar a boca de tanta gente, imprensa, políticos, governantes, conselheiros de tribunais... Um relato de arrepiar e de questionar a lisura de nossas instituições, cujos membros em muitos casos capitularam diante do suborno e sedução.
Armação ou degola?
Sua prisão foi decretada por Ana Paula Braga, a mesma juíza que foi flagrada pela Operação Vorax, em situações constrangedoras de visível e audível intimidade com o esquema. Há controvérsias segundo o competente advogado Alberto Simonetti Neto sobre a lisura do rito jurídico para a detenção do ex-prefeito. E aí estaria uma brecha para sua iminente liberação, pois foi preso por ter se mudado para Manaus sem ter comunicado a Justiça Estadual em Coari, onde responde a processos por exploração da prostituição infantil. O fato levantou suspeitas de armação, por um lado, para influir positivamente no pleito extraordinário que vai escolher o novo prefeito de Coari na próxima semana... E por outro, a confirmação eloqüente de que a ordem é deixar Adail na masmorra. Ana Paula Braga é filha do poderoso e influente Robério Braga, secretário de Cultura, e a família está envolvida até o pescoço para livrar a barra da magistrada e por decorrência de toda a família Braga, da linhagem de Lourenço e João, dois vultos sagrados da jurisprudência baré. O vacilo de Ana Paula sacudiu os pilares que sustentam a imagem do clã. E isso não pode acontecer.
Regalias indevidas
O único curso superior de Adail se deu na escola da contravenção, onde ele se pós-doutorou com destaque e louvor. Apesar disso, e de não ter cursado qualquer outra faculdade, o dito cujo está preso em uma cela isolada dos outros detentos no Instituto Prisional Antônio Trindade (Ipat). Sua prisão foi pedida pelo Ministério Público Estadual (MPE) na última sexta-feira, sob expressa concordância do procurador-geral de Justiça, Otávio Gomes, um nome escolhido a dedo pelo governador Eduardo Braga. Razões anteriores para o pedido de prisão foi o que não faltou. A Polícia Federal e a magistratura consciente e responsável que subsiste na atual crise institucional sempre exigiram que isso fosse feito mas as forças ocultas da impunidade e conivência. O advogado do infeliz entrou na mesma hora com três procedimentos para tentar tirá-lo da cadeia e até a manhã desta terça-feira nada tinham conseguido.
Aquele cenário típico dominado pelas cores vermelha e azul durante o Festival dos Bumbás em Parintins, repentinamente tomou as ruas de Coari. O motivo é político e não cultural. O vermelho é dos partidários de Arnaldo Mitoso, o candidato histórico da oposição em Coari. O azul é do candidato Vicente Lima, ligado ao grupo que está no poder há cerca de nove anos. Como em Parintins em que as bandeiras são hasteadas em mastros muito altos, Coari também desfralda no alto as suas bandeiras vermelho e o azul dos candidatos contrários. A beleza das bandeiras, ao lado da tranqüilidade do processo eleitoral, revela o quanto os processos democráticos são alegres e cheios de vida.
Podemos Perceber que haverá muitas eleições ainda, mais Coari é foco nacional desse calendário, devemos votar consciente, Deus irá constituir uma autoridade sob esta cidade e ela será eleita pelo povo, devemos respeitar uns aos outros, educação esta que está faltando a população que vive em ameaças até de morte por candidatos que muitas vezes nem conhecem....