23/09/2009

Deputados destacam vitoria de oposicao em Coari

A mobilização inédita da população para eleger o candidato do PMN, Arnaldo Mitouso, novo prefeito de Coari, foi considerada pelo deputado Luiz Castro (PPS) como a libertação dos coarienses de uma estrutura de crimes de cooptação, referindo-se a administração do ex-prefeito Adail Pinheiro (PMDB).
Na opinião do deputado, o povo daquele município viveu um passado tenebroso, com um pequeno grupo se locupletando do poder e, ao mesmo tempo, cooptando grande parte da população por meio do empreguismo e clientelismo.
Segundo Luiz Castro, a vitória de Mitouso não foi fácil. O grupo do ex-prefeito ainda conseguiu uma votação que surpreendeu a muitas pessoas, exatamente por ainda existir o medo e a cooptação junto ao povo. Como exemplo, Castro citou que às vésperas da eleição o governo municipal convocou três mil famílias da área rural para pagar a cada uma delas R$ 100 de auxílio-social e, pela lei eleitoral, esse tipo de pagamento não pode acontecer às vésperas de uma eleição.
O juiz eleitoral tentou proibir o pagamento, mas com o ginásio lotado teve medo de uma revolta popular e submeteu-se a lei do bom senso para não criar naquele momento um caos social. “O município de Coari talvez seja o município do Brasil que mais possui cargos comissionados. Somente como assessores de imprensa existem 128 pessoas e, na sua maioria, são apenas cargos para agradar apaninguados. Praticamente todos os presidentes de comunidades tem um emprego na prefeitura para nada fazer”, afirmou.
A deputada Vera Lúcia Castelo Branco (PTB) também destacou, hoje (22), a vitória do candidato da oposição, Arnaldo Mitouso (PMN), na eleição suplementar no muncípio de Coari, a 370 quilômetros de Manaus, com 51,99% dos votos válidos (16.250 votos). Vera cumprimentou o povo de Coari pela vitória do candidato e destacou a atuação da imprensa, pelo acompanhamento da eleição e na divulgação das denúncias sobre o que estava acontecendo.
“O povo realmente é a grande estrela de todo esse acontecimento. Não fosse pela vontade do povo, que em determinado momento decidiu mudar a situação”, disse. Segundo ela, a decisão do ministro do Superior Tribunal Federal, Eros Graus, de liberar recursos para o município às vésperas da eleição, pesou no resultado.

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